quarta-feira, 26 de março de 2025

Canções escolhidas – Cartola – conheça as canções abaixo - Obras Unicamp

 




As canções do músico Cartola escolhidas foram: “Alvorada”, “As rosas não falam”, “Cordas de aço”, “Disfarça e chora”, “O inverno do meu tempo”, “O mundo é um moinho”, “Que é feito de você?”, “Sala de recepção”, “Silêncio de um cipreste”, “Sim”.


Alice no país das maravilhas (1865) – Lewis Carroll - Livros Unicamp

 


Escrita em 1862, fruto da imaginação extraordinária de Lewis Carroll, esta obra transporta o leitor a uma viagem psicodélica e repleta de disparates. Tudo começa quando Alice se depara com um coelho branco que passa por ela correndo, apressado, e decide segui-lo até sua toca. A partir daí, um novo mundo se descortina diante dessa garotinha curiosa, que vai viver fantásticas aventuras repletas de acontecimentos absurdos ao lado de personagens excêntricos como o Chapeleiro Maluco, a Rainha de Copas, a Tartaruga Falsa e o Gato de Cheshire. Uma obra dinâmica, carregada de simbolismos e que, há mais de 150 anos, vem encantando leitores de todas as idades.


Morangos mofados (1982) – Caio Fernando Abreu – veja abaixo os contos selecionados - Livros Unicamp

 Em sua obra mais célebre, publicada em 1982, quando tinha trinta e quatro anos, Caio Fernando Abreu faz transbordar de cada página a angústia, o desassossego e o estilo confessional que o consolidaram como uma das vozes mais combativas e radicais de sua época. A prosa visceral dos dezoito contos de Morangos mofados — potencializada pela hesitação coletiva de um país que vislumbrava a redemocratização ante a falência incipiente do regime militar — traduziu as inconstâncias humanas mais profundas e continua, ainda hoje, arrebatando leitores de todas as gerações. Para José Castello, que assina o posfácio desta edição, embora seja um livro de narrativas curtas, "a obra mantém uma férrea unidade, em torno da coragem de se despir, da fidelidade aos sentimentos mais íntimos e mesmo os mais terríveis, e ainda à dificuldade de ser"


Os contos selecionados de “Morangos mofados” são: “Diálogo”, “Além do Ponto”, “Terça-Feira Gorda”, “Pêra, uva ou maçã?”, “O dia em que Júpiter encontrou Saturno”, “Aqueles dois”.





No seu pescoço (2017) – Chimamanda Ngozi Adichie - Livros Unicamp

 

A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie vem conquistando um público cada vez maior, tanto no Brasil como fora dele. Em 2007, seu romance Meio sol amarelo venceu o National Book Critics Circle Award e o Orange Prize de ficção, mas foi com o romance seguinte, Americanah, que ela atingiu o volume de leitores que a alavancou para o topo das listas de mais vendidos dos Estados Unidos, onde vive atualmente. Ao trabalho de ficcionista, somou-se a expressiva e incontornável militância da autora em favor da igualdade de gêneros e raça.
Agora é a vez de os leitores brasileiros conhecerem a face de contista dessa grande autora já consagrada pelas formas do romance e do ensaio. Publicado em inglês em 2009, 
No seu pescoço contém todos os elementos que fazem de Adichie uma das principais escritoras contemporâneas. Nos doze contos que compõem o volume, encontramos a sensibilidade da autora voltada para a temática da imigração, da desigualdade racial, dos conflitos religiosos e das relações familiares.
Combinando técnicas da narrativa convencional com experimentalismo, como no conto que dá nome ao livro — escrito em segunda pessoa —, Adichie parte da perspectiva do indivíduo para atingir o universal que há em cada um de nós e, com isso, proporciona a seus leitores a experiência da empatia, bem escassa em nossos tempos.




Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá (1919) – Lima Barreto - Livros Unicamp

Publicado em 1919, este clássico da literatura brasileira é considerado uma das principais obras do pré-modernismo. Se você não cismar de sofrer com a língua, que é diferente do português que a gente usa hoje em dia, vai mergulhar em um Rio de Janeiro do início do século XX por meio do olhar crítico de Gonzaga de Sá, que questionava a modernização urbana e a degradação dos valores tradicionais da sociedade carioca.




Casa Velha (1886) – Machado de Assis - Livros Unicamp

Casa Velha é o único romance de Machado de Assis que não foi publicado em forma de livro enquanto o autor estava vivo. Editado como folhetim pela revista A Estação entre 1885 e 1886, resgata traços da primeira fase literária do autor.

Entremeada por temas dos primeiros romances de Machado, a obra trata principalmente da ascensão social por meio do casamento. Narrado por um padre que investiga documentos sobre o Primeiro Reinado na residência de um falecido ministro, o livro se debruça sobre a fortuita paixão entre o herdeiro Félix e a agregada da casa, Lalau.

Esquecida por anos, a história acabou redescoberta por críticos e pesquisadores da obra de Machado de Assis e finalmente ganhou sua merecida edição em 1943




A vida não é útil (2020) – Ailton Krenak - Livros Unicamp

 


Em reflexões provocadas pela pandemia de covid-19, o pensador e líder indígena Ailton Krenak volta a apontar as tendências destrutivas da chamada "civilização": consumismo desenfreado, devastação ambiental e uma visão estreita e excludente do que é a humanidade.

Um dos mais influentes pensadores da atualidade, Ailton Krenak vem trazendo contribuições fundamentais para lidarmos com os principais desafios que se apresentam hoje no mundo: a terrível evolução de uma pandemia, a ascensão de governos de extrema-direita e os danos causados pelo aquecimento global.
Crítico mordaz à ideia de que a economia não pode parar, Krenak provoca: "Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do Banco Central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, com a economia deles. Ninguém come dinheiro". Para o líder indígena, "civilizar-se" não é um destino. Sua crítica se dirige aos "consumidores do planeta", além de questionar a própria ideia de sustentabilidade, vista por alguns como panaceia.
Se, em meio à terrível pandemia de covid-19, sentimos que perdemos o chão sob nossos pés, as palavras de Krenak despontam como os "paraquedas coloridos" descritos em seu livro 
Ideias para adiar o fim do mundo, que já vendeu mais de 50 mil cópias no Brasil e está sendo traduzido para o inglês, francês, espanhol, italiano e alemão.
A vida não é útil reúne cinco textos adaptados de palestras, entrevistas e lives realizadas entre novembro de 2017 e junho de 2020.





Olhos d’água (2014) – Conceição Evaristo - Livros Unicamp

 Em Olhos d'água Conceição Evaristo ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem.



Prosas seguidas de odes mínimas (1992) – José Paulo Paes - Livros Unicamp

 Marcado pela lucidez, pela ironia, pela concisão verbal e pela aversão ao sentimentalismo, este volume — publicado originalmente em 1992 — percorre os principais temas que compõem a obra de José Paulo Paes, um dos principais nomes da literatura brasileira do século XX.

Entre outros motes, os poemas abordam o amor, a força da memória, a proximidade da morte e a crítica política — com alguma descrença, mas também com intenso lirismo e uma boa dose de experimentação formal. Nas palavras do escritor Marcelo Coelho, "o autor faz uma poesia que, sem ser confessional, é íntima, cheia de lembranças e experiências biográficas. Fala de seus pais, de amigos mortos, da perna que teve de amputar, mas não cede nunca às tentações da autopiedade e do desespero"
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A Visão das Plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida - Livros Fuvest

Esta é a história de Celestino, um homem cujo passado de brutalidade e violência atrozes é substituído, no crepúsculo da vida, por um amor delicado e cuidadoso pelo seu jardim.

Nesta meditação sobre o bem e o mal, e sobre como a natureza parece indiferente à nossa moralidade, Djaimilia construiu um romance que encanta pela beleza de suas frases e fascina pela profundidade com que Celestino é desenhado. 






Canção para Ninar Menino Grande (2018) – Conceição Evaristo - Livros Fuvest

 Trata-se de um mosaico afetuoso de experiências negras, um canto amoroso e dolorido. Na figura do personagem Fio Jasmim, Conceição discute com maestria as contradições e complexidades em torno da masculinidade de homens negros e os efeitos nas relações com as mulheres negras. O livro é um mergulho na poética da escrevivência e ao mesmo tempo um tributo ao amor sob uma ótica poucas vezes vista na literatura brasileira.




Balada de Amor ao Vento (1990) – Paulina Chiziane - Livros Fuvest

 Primeiro romance de Paulina Chiziane, este livro conta a história de amor de Sarnau e Mwando e traz a semente do que viria a ser o clássico Niketche. Leitura obrigatória do vestibular da Fuvest.

"Com a poligamia, com a monogamia ou mesmo solitária, a vida da mulher é sempre dura."

Balada de amor ao vento é uma obra pioneira. Não apenas por ser a estreia de Paulina Chiziane na prosa longa e o primeiro romance publicado por uma mulher em Moçambique, mas também por trazer a semente do que a autora viria a construir em Niketche.
"Tudo começa no dia mais bonito do mundo", quando Sarnau vê Mwando pela primeira vez. Ela se apaixona de corpo e alma, ele a abandona. Ela luta para sobreviver à solidão, ele retorna — antes de partir mais uma vez. Eles se envolvem em uma história de amor que tem a relva como cenário e o vento como melodia, mas uma herança conservadora entre os dois.
Em um relato poético e quase espiritual de Sarnau, acompanhamos os encontros e desencontros, as escolhas e as renúncias, o desamparo e o privilégio de uma sociedade onde certas tradições afetam diretamente a autonomia da mulher e sua sobrevivência.




As Meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles - Livros Fuvest

São Paulo, 1973, auge da ditadura militar. Num pensionato para moças, as universitárias Lorena, Lia e Ana Clara iniciam a vida adulta num mundo conturbado por rápidas transformações. Lygia Fagundes Telles entrelaça de modo sutil e complexo as trajetórias dessas meninas às voltas com o sexo, as drogas e a repressão política.
* Leitura obrigatória do vestibular da Fuvest.
Num pensionato de freiras paulistano, em 1973, três jovens universitárias começam sua vida adulta de maneiras bem diversas. A burguesa Lorena, filha de família quatrocentona, nutre veleidades artísticas e literárias. Namora um homem casado, mas permanece virgem. A drogada Ana Clara, linda como uma modelo, divide-se entre o noivo rico e o amante traficante. Lia, por fim, milita num grupo da esquerda armada e sofre pelo namorado preso.
As meninas colhe essas três criaturas em pleno movimento, num momento de impasse em suas vidas. Transitando com notável desenvoltura da primeira pessoa narrativa para a terceira, assumindo ora o ponto de vista de uma ora de outra das protagonistas, Lygia Fagundes Telles constrói um romance pulsante e polifônico, que capta como poucos o espírito daquela época conturbada e de vertiginosas transformações, sobretudo comportamentais.
Obra de grande coragem na época de seu lançamento (1973), por descrever uma sessão de tortura numa época em que o assunto era rigorosamente proibido, 
As meninas acabou por se tornar, ao longo do tempo, um dos livros mais aplaudidos pela crítica e também um dos mais populares entre os leitores da autora.
"Que beleza, que força, que matéria viva e lancinante em As meninas." - Carlos Drummond de Andrade



O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen - Livros Fuvest

 Sophia de Mello Breyner Andresen soube conjugar de modo único a observação da natureza com a dimensão humana. A descrição concreta e material da paisagem — com destaque para o mar, tema central de sua poesia — convive com reflexões sobre o amor, a morte, a dor, a injustiça e a solidão.

Este volume, que reúne duas obras publicadas de forma avulsa na década de 1960 (para o vestibular, estudar apenas O cristo cigano), traz temas presentes em toda a produção da autora e atesta o impacto da poesia brasileira em sua trajetória. O Cristo cigano, lançado em 1961, revela a influência decisiva da poesia de João Cabral de Melo Neto sobre a escrita de Sophia. Já Geografia, de 1967, descreve, entre outros temas, cenas da infância, o contato com a Grécia e a admiração pela obra de Manuel Bandeira: "Estes poemas caminharam comigo e com a brisa/ Nos passeados campos da minha juventude".
A escrita de Sophia é marcada pela beleza, pelo lirismo e pelo estilo direto e lapidar. Vencedora do Prêmio Camões, maior honraria da língua portuguesa, em 1999, sua obra ilumina e inspira sucessivas gerações de leitores e poetas.



Caminho de Pedras (1937) – Rachel de Queiroz - Livros Fuvest

 


Na Fortaleza dos anos 1930, durante a Era Vargas, Roberto tem a missão de recrutar operários para uma nova célula de esquerda. Uma das pessoas que se interessam é Noemi: mãe de Guri e casada com um homem que não ama mais, ela está em busca de algo que a faça se sentir viva. Nas reuniões do partido, Noemi e Roberto desenvolvem uma conexão intelectual intensa, que os leva a um caso amoroso. Ela se vê, então, testando novos limites morais e éticos, tanto no campo do amor quanto no da política.

Expressão de um socialismo libertário que poucas vezes voltaria a aparecer nos textos de Rachel de Queiroz, Caminho de pedras é considerado seu romance mais engajado. Neste livro, aparecem as primeiras demonstrações de um estilo mais introspectivo e de análises psicológicas que alicerçam cenas de forte intensidade emocional. Um arranjo arguto para contar a história de uma paixão proibida inflamada pela luta.

Em Caminho de pedras, Rachel de Queiroz nos revela a força de uma mulher que decide seguir seus desejos, mesmo que isso implicasse um divórcio. Numa sociedade em que a mulher deveria desempenhar exclusivamente os papéis de mãe, esposa e dona de casa, Noemi é tanto infratora quanto heroína da própria história, pois a punição que sabia que enfrentaria não foi o suficiente para convencê-la a continuar num casamento sem amor.


Nebulosas (1872) – Narcisa Amália - Livros Fuvest

 Ainda que este livro tenha sido o único publicado pela poetisa Narcisa Amália, foi suficiente para que a autora alcançasse o reconhecimento público de figuras ilustres como Machado de Assis e o imperador Dom Pedro II.

Nebulosas, publicado em 1872, apresenta 44 poemas cujos temas transitam entre a mulher, a natureza e a crítica social abolicionista. Recebeu grande destaque à época de seu lançamento pelo fato, incomum naqueles tempos, de sua autora ser uma mulher. Esta edição traz os textos originais em versão integral, acompanhados de notas da própria autora.






Memórias de Martha (1899) – Julia Lopes de Almeida - Livros Fuvest

Romance inaugural de Júlia Lopes de Almeida, Memórias de Martha foi publicado pela primeira vez em 1888, a princípio, na forma de folhetim e, depois, como livro. Assim como em suas obras seguintes, nesta destaca-se a preocupação de Júlia em dar voz a uma protagonista feminina e em ressaltar sua importância para a sociedade.
Narrado em primeira pessoa, o livro é uma autobiografia ficcional da jovem Martha. Órfã de pai, vê-se, junto à mãe, relegada à pobreza de um cortiço no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Durante seu crescimento como mulher, encontra na educação a única chance de escapar de sua sina.
As constantes preocupações da mãe, que aconselha a filha a aprender os afazeres domésticos para que possa se sustentar depois da morte desta, enquanto a menina vislumbra a ascensão por meio da carreira de professora, evidenciam as transformações do papel social da mulher no fim do século XIX. Uma obra essencial para a compreensão da emancipação da mulher em nossa sociedade.


 

Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta - Livros Fuvest

 



"Opúsculo humanitário" é um manifesto em defesa da importância da educação feminina. Afinal, para a autora, o desenvolvimento de uma nação estava intrinsecamente ligado ao papel que a mulher ocupava na sociedade. Da condição feminina na Antiguidade à situação brasileira do século XIX, Nísia traça um panorama histórico do lugar da mulher no âmbito social. Por intermédio de dados oficiais, tece uma profunda crítica à educação das moças no Brasil, além de fincar uma forte posição antiescravista, em prol do aleitamento materno e em defesa de outras pautas progressistas.
Esta obra nos convida a refletir sobre a importância da emancipação do gênero feminino para a construção de uma sociedade justa e próspera.




Canções escolhidas – Cartola – conheça as canções abaixo - Obras Unicamp

  As canções do músico Cartola escolhidas foram: “Alvorada”, “As rosas não falam”, “Cordas de aço”, “Disfarça e chora”, “O inverno do meu te...