Na Fortaleza dos anos 1930, durante a Era Vargas, Roberto tem a missão de recrutar operários para uma nova célula de esquerda. Uma das pessoas que se interessam é Noemi: mãe de Guri e casada com um homem que não ama mais, ela está em busca de algo que a faça se sentir viva. Nas reuniões do partido, Noemi e Roberto desenvolvem uma conexão intelectual intensa, que os leva a um caso amoroso. Ela se vê, então, testando novos limites morais e éticos, tanto no campo do amor quanto no da política.
Expressão de um socialismo libertário que poucas vezes voltaria a aparecer nos textos de Rachel de Queiroz, Caminho de pedras é considerado seu romance mais engajado. Neste livro, aparecem as primeiras demonstrações de um estilo mais introspectivo e de análises psicológicas que alicerçam cenas de forte intensidade emocional. Um arranjo arguto para contar a história de uma paixão proibida inflamada pela luta.
Em Caminho de pedras, Rachel de Queiroz nos revela a força de uma mulher que decide seguir seus desejos, mesmo que isso implicasse um divórcio. Numa sociedade em que a mulher deveria desempenhar exclusivamente os papéis de mãe, esposa e dona de casa, Noemi é tanto infratora quanto heroína da própria história, pois a punição que sabia que enfrentaria não foi o suficiente para convencê-la a continuar num casamento sem amor.
Vídeo sobre Caminho de pedras, livro de 1937, romance da segunda fase modernista, video explica gênero, período, contexto literário histórico e personagens. vale assistir para ajudar na sua compreensão e estudos: https://www.youtube.com/watch?v=N7sIcUX_rO8
ResponderExcluirCaminho de pedras
ResponderExcluirCaminho de pedras, de Raquel de Queiroz, conta sobre a trajetória de Noemi, uma mulher casada e mãe que vive em Fortaleza nos anos 30. Ela se sente presa em uma vida sem sentido e encontra em Roberto, um militante político, a chance de se aproximar de novas ideias e da luta social. Noemi passa a questionar seu papel como mãe e esposa, enfrentando preconceitos, cobranças e dificuldades em casa e na sociedade. Sua busca por liberdade pessoal e política se mistura ao desejo de viver um amor verdadeiro, mesmo que isso traga perdas e conflitos.
Nathally_3DSB
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ExcluirGostei muito do livro, é bem escrito e com um trama envolvente. A partir dele, é possível fazer várias reflexões em relação a situação da mulher e de grupos marginalizados no período em que a história de passa.
ExcluirMaria Heloísa - 3EAB
Essa obra é bastante revolucionária! Para a época, possivelmente foi um choque para muitos críticos, mas Rachel sempre foi uma ótima escritora, escondendo o trama feminino atrás de Roberto, o suposto "herói" da história, Noemi é uma personagem extraordinária e com uma vida muito bem desenvolvida por Rachel de Queiroz, obra impressionante que deve ser lembrada eternamente na literatura brasileira!
ExcluirMatheusS_3DSB
O livro Caminho de Pedras, de Raquel de Queiroz, transporta o leitor para 1930, um período de grandes transformações políticas e sociais no Brasil. A narrativa mostra uma cidade em mudança, marcada por conflitos de classe, tensões políticas e expectativas sociais rígidas, especialmente sobre o papel das mulheres.
ResponderExcluirA história acompanha Noemi, uma jovem que desafia essas normas e busca sua própria autonomia e realização pessoal. Ela enfrenta perseguições políticas, confrontos com autoridades e dilemas internos que a forçam a refletir sobre seu lugar no mundo. Noemi não apenas questiona os padrões da época, mas também constrói seu caminho de liberdade, tornando-se um exemplo de coragem e resistência.
Mesmo diante de perdas dolorosas, ela se mantém firme, mostrando como a luta por independência pode transformar não só a vida de quem a vive, mas também inspirar mudanças na sociedade. A obra nos convida a refletir sobre a importância da liberdade, da coragem e da busca por significado em meio a tempos difíceis.
Bruno_3DSA
A obra parece ser de uma força impressionante e de uma relevância que atravessa décadas. A jornada de Noemi soa como um retrato visceral da luta feminina por autonomia em um cenário adverso e politicamente carregado. O título, "Caminho de Pedras", se revela uma metáfora perfeita para as dificuldades e a resiliência da protagonista. Fica a impressão de que Raquel de Queiroz construiu não apenas um romance histórico, mas um manifesto atemporal sobre coragem. É uma leitura que, imagino, nos deixa com um misto de angústia pela injustiça e inspiração pela força de quem não desiste.
ExcluirFernando_3DSA
Esse livro mostra bem como as histórias podem refletir os problemas de uma época, o que faz a gente pensar sobre como era difícil para quem queria ser diferente do que a sociedade esperava. Eu gostei bastante da obra, porque além de mostrar essas dificuldades, também traz uma personagem feminina forte que busca sua liberdade e isso deixa a leitura muito mais interessante.
ExcluirNathally_3DSB
ResponderExcluirO livro fala sobre um grupo de pessoas comunistas durante a Era Vargas em Fortaleza, mas o foco está no Roberto, um jornalista do Rio de Janeiro, e na Noemi, uma mãe e dona de casa que busca participar ativamente das protestos comunistas, enquanto o marido não apoia isso.
Acontece um romance da Noemi e do Roberto, enquanto ela ainda está casada e durante os conflitos políticos e cantilenas dentro do próprio grupo comunista. Em dado momento a Noemi deixa o marido para viver com o Roberto e o filho, o Guri, mas no final do livro ela termina grávida e sozinha porque o Roberto é preso e o Guri morre.
Brenda - 3EAB
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ResponderExcluirCaminho de Pedras, de Raquel de Queiroz, conta a história de Noemi, uma mulher adulta que se vê em um casamento sem amor. No livro, Noemi acaba conhecendo Roberto, um militante comunista que passa a paquera-la. Assim, a mulher começa a se envolver romanticamente e politicamente com Roberto, separando-se do seu marido e adentrando, cada vez mais, nas causas comunistas. Sua vida, porém, se complica com a repressão política, a perda do filho, a prisão de Roberto e a solidão acompanhada pelas suas escolhas. O romance mostra o conflito entre idealismo e realidade, a busca feminina por autonomia e a dureza dos obstáculos sociais e pessoais.
ResponderExcluirMaria Heloísa - 3°EAB