As canções do músico Cartola escolhidas foram: “Alvorada”, “As rosas não falam”, “Cordas de aço”, “Disfarça e chora”, “O inverno do meu tempo”, “O mundo é um moinho”, “Que é feito de você?”, “Sala de recepção”, “Silêncio de um cipreste”, “Sim”.
As canções do músico Cartola escolhidas foram: “Alvorada”, “As rosas não falam”, “Cordas de aço”, “Disfarça e chora”, “O inverno do meu tempo”, “O mundo é um moinho”, “Que é feito de você?”, “Sala de recepção”, “Silêncio de um cipreste”, “Sim”.
Olá pessoal! Por gentileza, insiram nesse post as sínteses do mês de Novembro , caso já tenham inserido no post anterior (Outubro) n...
Segue um vídeo análise sobre as canções cobradas: https://www.youtube.com/watch?v=-YU7bNcO6-A
ResponderExcluirVídeo análise interessante sobre as canções , vale a pena conferir para ajudar nos estudos e entendimentos:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=-4HWidMroIo&list=PLTaAqXfT74PCAKEGWiBcqVYgy88LbZSxr&index=8
A canção "O mundo é um moinho", possui um histórico extremamente interessante e que elucida a interpretação, afinal, se refere, especialmente, a preocupação genuína de um pai à sua filha sonhadora. Para Cartola, o mundo não é necessariamente ruim, mas mesquinho, triturador, assim como um moinho. Dessa forma, é necessário ter consciência e sutileza ao se relacionar com ele.
ResponderExcluirA seguir, um pequeno "soneto" com temática similar...
"Felicidade Criminosa" - Migs
Esse é o verdadeiro perigo, inimigo:
"Felicidade, felicidade, felicidade!".
É obcecado: "Porque é necessidade!",
Convence mostrando o canino.
Esse desejo nasce na mocidade,
E agrada-se como vinho fino;
Desce com suavidade, a toda idade,
E acorda, se toca, após o último sino.
Quando a noite chegou, o tomou,
Pois se embriagou por necessidade,
Esqueceu-se da dor, do "O que sou?",
E visou apenas a felicidade,
Que é como um véu, que cria o réu
E a atrocidade, guiando-o ao Céu...
{ou ao Abismo.
Miguel_3DSB
"As rosas não falam" é uma canção autoral de Cartola, juntamente com "O Mundo é um Moinho". A música possui uma lírica clara, mas profunda — marca registrada do artista. A genialidade de Cartola é perceptível pela fácil imaginação do cenário criado em sua poesia: uma lamentação ou saudade pelo fim de um relacionamento, embora o eu lírico ainda permaneça amando. O trecho "as rosas não falam" é o principal artifício catártico da música, permitindo a reflexão sobre a inutilidade do entendimento perante um término ou saudade, senão o próprio fim — o ser como é e não poderia deixar de ser. Por fim, Cartola expõe o último suspiro de um romântico e amante, o desejo de misericórdia e compreensão, mas nota-se a fragilidade da razão e dos sonhos perante o inevitável silêncio do "existir". Eu, particularmente, admiro Cartola nesse sentido. Sua genialidade e riqueza simples, sem qualquer elitismo ou complexidade, revelam um grande admirador da vida e de suas inconcebíveis faces.
ResponderExcluirAbaixo, uma simples poesia que possui temática similar com a da canção:
"Estrada Nova" - Migs
Não pude evitar te observar,
E percebi em seu olhar a distância,
A plena hesitação presente no ar,
Que nos gerou uma certa ânsia.
Senti teu coração pulsar, chorar,
E meu castelo passou a incinerar.
Nosso peito ardia uníssono, culpado,
Pois não podíamos fugir desse pecado.
Não havia mais "nosso olhar", era apenas
A memória de uma história singular,
De um passado glorioso, a nossa Atenas,
Que também queimou e irá passar,
Mas que lançou ao ar diversas penas,
Que pavimentarão nossas ruas serenas.
As rosas não falam - Cartola
Miguel_3DSB
"Cordas de Aço" é, facilmente, a minha poesia preferida de Cartola. Embora a canção seja simples e curta, ela revela uma delicadeza e cumplicidade características de todo poeta — seu companheiro. As cordas, o bojo, o som, a companhia... somente o violão pode entender a sua tristeza, pois ambos são reféns da felicidade, da vida e da Poesia. Cartola, assim como todo artista, realizou sua confissão por meio dessa canção.
ResponderExcluirAbaixo, também deixo uma confissão:
"Confissão Poética" - Migs
Não importa dia, nem hora,
Eu desejo somente o seu tom,
Para sairmos mundo afora
E mostrarmos o nosso dom.
Não precisamos criar muito,
Será somente você e eu - nós,
Apresentando nosso fortuito,
Sua caneta e meu papel, a sós.
Confio completamente em ti,
Deixo que trace nosso rumo,
Porque você é a nossa ponte,
E tudo que constrói, assumo,
Pois você é meu horizonte, de cujo
Mar sou apenas um simples marujo
– Que navega, ama, sem prumo.
Cordas de aço - Cartola
ExcluirMiguel_3DSB