quarta-feira, 26 de março de 2025

Canções escolhidas – Cartola – conheça as canções abaixo - Obras Unicamp

 




As canções do músico Cartola escolhidas foram: “Alvorada”, “As rosas não falam”, “Cordas de aço”, “Disfarça e chora”, “O inverno do meu tempo”, “O mundo é um moinho”, “Que é feito de você?”, “Sala de recepção”, “Silêncio de um cipreste”, “Sim”.


6 comentários:

  1. Segue um vídeo análise sobre as canções cobradas: https://www.youtube.com/watch?v=-YU7bNcO6-A

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  2. Vídeo análise interessante sobre as canções , vale a pena conferir para ajudar nos estudos e entendimentos:

    https://www.youtube.com/watch?v=-4HWidMroIo&list=PLTaAqXfT74PCAKEGWiBcqVYgy88LbZSxr&index=8

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  3. A canção "O mundo é um moinho", possui um histórico extremamente interessante e que elucida a interpretação, afinal, se refere, especialmente, a preocupação genuína de um pai à sua filha sonhadora. Para Cartola, o mundo não é necessariamente ruim, mas mesquinho, triturador, assim como um moinho. Dessa forma, é necessário ter consciência e sutileza ao se relacionar com ele.


    A seguir, um pequeno "soneto" com temática similar...

    "Felicidade Criminosa" - Migs

    Esse é o verdadeiro perigo, inimigo:
    "Felicidade, felicidade, felicidade!".
    É obcecado: "Porque é necessidade!",
    Convence mostrando o canino.

    Esse desejo nasce na mocidade,
    E agrada-se como vinho fino;
    Desce com suavidade, a toda idade,
    E acorda, se toca, após o último sino.

    Quando a noite chegou, o tomou,
    Pois se embriagou por necessidade,
    Esqueceu-se da dor, do "O que sou?",

    E visou apenas a felicidade,
    Que é como um véu, que cria o réu
    E a atrocidade, guiando-o ao Céu...
    {ou ao Abismo.

    Miguel_3DSB

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  4. "As rosas não falam" é uma canção autoral de Cartola, juntamente com "O Mundo é um Moinho". A música possui uma lírica clara, mas profunda — marca registrada do artista. A genialidade de Cartola é perceptível pela fácil imaginação do cenário criado em sua poesia: uma lamentação ou saudade pelo fim de um relacionamento, embora o eu lírico ainda permaneça amando. O trecho "as rosas não falam" é o principal artifício catártico da música, permitindo a reflexão sobre a inutilidade do entendimento perante um término ou saudade, senão o próprio fim — o ser como é e não poderia deixar de ser. Por fim, Cartola expõe o último suspiro de um romântico e amante, o desejo de misericórdia e compreensão, mas nota-se a fragilidade da razão e dos sonhos perante o inevitável silêncio do "existir". Eu, particularmente, admiro Cartola nesse sentido. Sua genialidade e riqueza simples, sem qualquer elitismo ou complexidade, revelam um grande admirador da vida e de suas inconcebíveis faces.

    Abaixo, uma simples poesia que possui temática similar com a da canção:

    "Estrada Nova" - Migs

    Não pude evitar te observar,
    E percebi em seu olhar a distância,
    A plena hesitação presente no ar,
    Que nos gerou uma certa ânsia.

    Senti teu coração pulsar, chorar,
    E meu castelo passou a incinerar.
    Nosso peito ardia uníssono, culpado,
    Pois não podíamos fugir desse pecado.

    Não havia mais "nosso olhar", era apenas
    A memória de uma história singular,
    De um passado glorioso, a nossa Atenas,

    Que também queimou e irá passar,
    Mas que lançou ao ar diversas penas,
    Que pavimentarão nossas ruas serenas.

    As rosas não falam - Cartola
    Miguel_3DSB

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  5. "Cordas de Aço" é, facilmente, a minha poesia preferida de Cartola. Embora a canção seja simples e curta, ela revela uma delicadeza e cumplicidade características de todo poeta — seu companheiro. As cordas, o bojo, o som, a companhia... somente o violão pode entender a sua tristeza, pois ambos são reféns da felicidade, da vida e da Poesia. Cartola, assim como todo artista, realizou sua confissão por meio dessa canção.

    Abaixo, também deixo uma confissão:

    "Confissão Poética" - Migs

    Não importa dia, nem hora,
    Eu desejo somente o seu tom,
    Para sairmos mundo afora
    E mostrarmos o nosso dom.

    Não precisamos criar muito,
    Será somente você e eu - nós,
    Apresentando nosso fortuito,
    Sua caneta e meu papel, a sós.

    Confio completamente em ti,
    Deixo que trace nosso rumo,
    Porque você é a nossa ponte,

    E tudo que constrói, assumo,
    Pois você é meu horizonte, de cujo
    Mar sou apenas um simples marujo
    – Que navega, ama, sem prumo.

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