Nesta meditação sobre o bem e o mal, e sobre como a natureza parece indiferente à nossa moralidade, Djaimilia construiu um romance que encanta pela beleza de suas frases e fascina pela profundidade com que Celestino é desenhado.
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(NOVEMBRO) Obras extras – Ampliando seu conhecimento
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Uma anãlise no youtube sobre o livro, explicando um pouco sobre a autora, gênero e movimento literário, fragmentação do texto, enredo e personagens da obra, vale a pena conferir, pode ajudar nos seus estudos: https://www.youtube.com/watch?v=AtueyUfThKc
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ResponderExcluirO livro Visão das Plantas, de Djaimilia, acompanha a vida de Celestino, um ex-capitão de navio negreiro que, já no fim da vida, retorna a Portugal velho, machucado e sozinho, depois de perder toda a família.
ResponderExcluirDurante a narrativa, percebemos que ele não demonstra qualquer arrependimento pelas atrocidades que cometeu, mesmo sendo condenado pelo olhar das pessoas ao seu redor. A autora constrói um retrato cru e impiedoso do colonizador, sem tentar suavizar ou romantizar sua figura.
Celestino é mostrado como alguém que nunca se incomodou com seus crimes e que, mesmo na velhice, não busca redenção. Assim, o livro expõe de maneira poderosa como a sociedade lidou — e muitas vezes ainda lida — com grandes assassinos que permaneceram impunes, levantando reflexões sobre memória, culpa e injustiça social.
Bruno_3DSA
Concordo com sua opinião, Bruno, mas acredito que, conforme o desenrolar da história, a autora vai mostrando um outro lado do Celestino, como retratado quando ele tem contato com as crianças e até mesmo quando ele sai com um rapaz para ver a cidade. Acredito que o livro traz um pouco daquele pensamento de não julgar o livro pela capa.
ExcluirHenrique_3DSB
Acho interessante como a autora escreve a relação do Celestino com seu jardim, que se mostra indiferente aos crimes do capitão e alheio à sua ausência ou adoecimento, mostrando que as plantas de fato não se importam com Celestino, que pelo contrário, se importa e muito com seu jardim, pois é a única coisa que ele possui e tem medo de perder. Contudo, podemos dizer que com o passar do tempo, o jardim acabou assumindo uma posição de dominação em relação ao Celestino, que em toda a sua vida procurava dominar qualquer um que se colocasse em seu caminho.
ExcluirO livro que é baseado nas crônicas de Raul Brandão, conta a história de um capitão marítimo que cometeu diversos assassinatos, mas que agora estava aposentado e vinha a retornar para a casa em que passou sua infância, que, assim como ele, estava velha e acabada.
ResponderExcluirO capitão Celestino é um senhor amargurado e sem sentimentos bons com seu passado, ficando claro pelo ato de desprezo ao se livrar de suas "memórias" que na casa estava. Mas, mesmo sendo assim, ele passou a cuidar do jardim, conectando-se com as plantas.
Ao final do livro, o capitão falece, e com ele, o jardim também, mostrando que os dois eram um só e que elas ocupavam o lugar do seu coração.
Henrique_3DSB
Gostei da sua síntese, Henrique! Achei muito forte perceber que o livro mostra que nem todo personagem que viveu o mal se sente culpado ou quer consertar os erros. Mais do que isso, gostei de como as plantas servem de contraponto: elas crescem indiferentes às crueldades humanas, mostrando que lembrança e beleza também são formas de existir.
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ExcluirHenrique, gostei muito da sua interpretação. O livro é super forte e eu particularmente não consegui sentir empatia por Celestino (se é que é possível) em nenhum momento. Pegando o gancho do comentário feito pela Anna Laura, as plantas terem crescido pelas mãos de um homem que matou tantas pessoas foi um dos principais detalhes que me afetou.
ExcluirSabrina_3DSB
Na obra de Djamilia Pereira, Celestino, um velho capitão de navio negreiro retorna a Portugal depois de uma vida violenta transportando escravizados. Agora ele vive sozinho numa casa antiga, quase abandonada, cuidando de um jardım. Fantasmas pairam sobre sua consciência, trazendo a tena lembranças dolorosas. O padre pede que ele se confesse, mas Celestino foge disso. Apesar do silêncio e da solidão, a jardim prospera. No fim, Celestino morre, e é enterrado com suas flores, o jardım sendo talvez a única coisa bonita que ele deixou.
ResponderExcluirGostei muito da sua síntese Anna! você conseguiu mostrar bem o contraste entre a vida violenta de Celestino e a calma do jardim que ele cultiva no fim da vida. Também achei interessante como você mostrou que, mesmo fugindo da confissão, ele não escapa das próprias memórias. E o fato de o jardim ser a única coisa bonita que ele deixa reforça muito bem o tom simbólico da obra.
ExcluirÓtimo resumo! As plantas são para Celestino um meio de escapar do julgamento daqueles que estão a sua volta, afinal, elas não "se importam" com as crueldades que Celestino cometeu no passado.
ExcluirMaria Heloísa 3°EAB
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ResponderExcluirHemilly Alencar_3EEA
ResponderExcluirNo livro, A visão das Plantasa, percebi a forte carga reflexiva que aborda através da vida do protagonista Celestino, um homem idoso com passado marcado de violência, que volta para a sua terra natal acreditando que está em seus últimos dias de vida. No decorrer da história percebe o cuidado com que ele tem como o jardim, onde ele acaba criando um diálogo silencioso entre o que fez no passado e o que resta na sua, cultivando um amor pelas plantas sendo uma metáfora onde o jardim representa uma tentativa de reorganizar a relação com a vida.
O seu comentário destaca muito bem como o jardim funciona como uma metáfora da vida de Celestino. Acho interessante como você mostra que o cuidado dele com as plantas não é apenas um passatempo, mas uma forma de lidar com a culpa e reorganizar o que restou de sua existência. Isso reforça a ideia de que o romance utiliza a relação com a natureza para revelar o processo interno do personagem, criando um diálogo profundo entre passado, presente e uma possível reconciliação.
ExcluirYasminV_3EAA
A visão das plantas é uma obra de leitura mais complexa e exigente, que não percorre tão rapidamente. Da média duração do romance apresenta uma escrita densa repleta de imagens e reflexões o que pede maior. A história conta sobre a vida de um ex- traficante de escravizados, para sua terra natal em Angola, onde ele convive com memórias violentas, culpa, e os fantasmas do passado.
ResponderExcluirA obra “A visão das plantas” despertou minha curiosidade ao trazer rancorosamente certas memórias do protagonista,deixando um ar de mistério no início da narrativa. A história do senhor, que era capitão de um navio negreiro, é contado em parcelas, é explicada a partir da “visão das plantas”, que na minha percepção, é o maior ponto alto da história, onde nos momentos de “opinião”, das plantas despertam a imaginação do leitor.
ResponderExcluirMaria Eduarda Silva da Costa_3EAA
"A Visão das Plantas", de Djaimilia Pereira de Almeida, narra a história do capitão Celestino, ex-pirata e capitão de navio negreiro que, ao retornar a Portugal, dedica-se ao cultivo de um jardim na casa de sua infância. A narrativa é contada por uma vizinha que o observa através da cerca.O jardim funciona como espaço de transformação e reflexão, onde Celestino, em seus últimos dias, parece buscar algum tipo de paz.
ResponderExcluirSamuel_3DSB
Nossa Samuel, muito bom!
ExcluirE alem do mais, O jardim simboliza a tentativa de redenção de Celestino, revelando como a natureza pode servir de refúgio consciência humana.
Em A Visão Das Plantas acompanhamos a nova vida de um ex-capitão de navio negreiro: Celestino. Agora idoso, ele se vê isolado em uma casa cuidando de um jardim, absurdo contraste com seu passado cruel que Djaimilia faz questão de jogar na nossa cara. Esse livro é claramente feito para causar um absurdo desconforto, já que ao longo da trama são descritas várias memórias de violências cometidas por Celestino, que demonstra total indiferença em relação à tudo que fez.
ResponderExcluirSabrina_3DSB
O mais chocante em Celestino é a sua indiferença. Ele não sente culpa, apenas continua vivendo, como se suas atrocidades fossem parte normal do trabalho. Isso mostra algo assustador: como o ser humano pode tornar o mal algo comum.
ExcluirO jardim parece simbolizar paz e renovação. Como leitores, esperamos que cuidar das plantas mude Celestino. Mas nada nele muda. As plantas crescem, mas sua consciência não.
SAMUEL_3DSB
Sabrina, sua síntese sobre A Visão das Plantas está muito impactante e transmite bem o desconforto que a obra provoca. Você destacou com precisão o contraste entre o passado cruel de Celestino e seu presente isolado, ressaltando a intenção da autora de confrontar o leitor. A clareza e a objetividade do seu texto ajudam a revelar a complexidade moral da narrativa sem amenizar a gravidade dos fatos. Sua análise é contundente e instigante, ótima contribuição!
ExcluirJoão_Gabriel_3DSB
O livro "A Visão das Plantas", de Djaimilia Pereira de Almeida, retrata o capitão Celestino, um ex-pirata que cuida de seu jardim enquanto enfrenta os fantasmas do passado colonial violento. A obra usa o jardim como metáfora para a escravidão e a injustiça histórica, mostrando o conflito entre a brutalidade do passado e a delicadeza da natureza. Celestino representa tanto o colonizador quanto o jardineiro, cuja atenção às plantas contrasta com suas ações cruéis, revelando um conflito interno e uma reflexão sobre os crimes históricos que permanecem sem reparação.
ResponderExcluirJoão_Gabriel_3DSB
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEste livro é complexo e bastante reflexivo, precisa ser lido de forma atenta, pois não é uma leitura tão fácil. Ele retrata a história de Celestino, capitão aposentado de um navio negreiro, que no final de sua vida retorna para sua antiga casa, onde vive sozinho cuidando de seu jardim. Conhecemos Celestino pelo seu isolamento e até crueldade, mas, além disso, percebemos também o cuidado e amor com seu jardim. Ao decorrer da leitura, o livro vaga entre o passado e o presente, trazendo muita reflexão sobre moral e a dualidade do bem e do mal. Eu achei a história muito profunda e envolvente, e gostei de como o autor consegue mostrar a complexidade humana de maneira tão intensa e ao mesmo tempo poética.
ResponderExcluirEvelyn_3EAB
Muito bom o resumo! É um livro muito interessante, a autora consegue expor aspectos sociais e psicológicos. Outra situação interessante que aparece na história é a relação de Celestino com as crianças, ele gosta de conversar com elas e contar suas histórias barbaras. Isso provavelmente se justifica porque as crianças não pensam e julgam como adultos.
ExcluirMaria Heloísa 3EAB
A Visão das Plantas" é, portanto, um romance que utiliza a simbologia da natureza para revisitar e denunciar o silêncio histórico em torno das atrocidades coloniais, forçando o leitor a confrontar o legado de violência e a complexidade da alma humana. O personagem Celestino é bem estruturado, extremamente frio e cruel. Sua vinda a Portugal, desperta curiosidade a vizinhança que com o passar do tempo perde o total interesse nele, fazendo com sua velhice se torne mais assombrada por suas lembranças do passado.
ResponderExcluirMayara_3EAA
Achei muito interessante a forma como você conectou a simbologia da natureza com o silêncio histórico das violências coloniais, realmente é um dos pontos mais marcantes do livro. Também gostei de como você descreveu o Celestino, porque essa frieza dele fica ainda mais forte quando contrasta com o isolamento e a velhice assombrada pelas próprias memórias. Sua leitura mostra bem como o romance mistura passado e presente pra revelar o peso que ele carrega.
ExcluirBrayan_3DSB
O livro "A Visão das Plantas" é uma leitura exigente e bem reflexiva, focada na vida de Celestino, um velho ex-capitão de navio negreiro que retorna à sua terra carregando uma vida de violência e culpa. Sua consciência é assombrada por fantasmas e memórias dolorosas do passado. A história gira em torno do jardim que ele cultiva, que não é apenas um hobby, mas sim uma metáfora central. O cuidado com as plantas é a única tentativa de Celestino de fazer algo bonito e reorganizar sua relação com a vida, fugindo da confissão. A escrita da autora é densa e rica em imagens, forçando o leitor a encarar a complexidade moral do protagonista. No final, o jardim é a única coisa boa que prospera e que ele deixa como legado ao ser enterrado com suas flores.
ResponderExcluirBrayan_3DSB