Em sua obra mais célebre, publicada em 1982, quando tinha trinta e quatro anos, Caio Fernando Abreu faz transbordar de cada página a angústia, o desassossego e o estilo confessional que o consolidaram como uma das vozes mais combativas e radicais de sua época. A prosa visceral dos dezoito contos de Morangos mofados — potencializada pela hesitação coletiva de um país que vislumbrava a redemocratização ante a falência incipiente do regime militar — traduziu as inconstâncias humanas mais profundas e continua, ainda hoje, arrebatando leitores de todas as gerações. Para José Castello, que assina o posfácio desta edição, embora seja um livro de narrativas curtas, "a obra mantém uma férrea unidade, em torno da coragem de se despir, da fidelidade aos sentimentos mais íntimos e mesmo os mais terríveis, e ainda à dificuldade de ser"
Os contos selecionados de “Morangos mofados” são: “Diálogo”, “Além do Ponto”, “Terça-Feira Gorda”, “Pêra, uva ou maçã?”, “O dia em que Júpiter encontrou Saturno”, “Aqueles dois”.
Vídeo análise interessante sobre o livro, vale a pena conferir para ajudar nos estudos e entendimentos: https://www.youtube.com/watch?v=YiTWmfl3d2A&list=PLTaAqXfT74PCAKEGWiBcqVYgy88LbZSxr&index=4
ResponderExcluirOs contos escolhidos de morangos mofados mostram pessoas da classe média brasileira dos anos 70 e 80 tentando viver suas vidas, mas sempre esbarrando em problemas que não conseguem resolver. O livro retrata personagens presos em situações difíceis, lidando tanto com a ditadura militar quanto com seus medos e desejos. O título resume tudo: coisas que eram bonitas mas estragaram. É assim como o autor vê a sociedade brasileira
ResponderExcluirSAMUEL_3DSB
A obra Morangos Mofados de Caio Fernando Abreu representa problemas de pessoas da classe média no contexto da pós-ditadura no Brasil e a epidemia de AIDS na década de 80. Dentre os contos selecionados pela Unicamp, foram abordado temas de sexualidade, homossexualidade, morte, solidão, entre outros. O estilo introspectivo da escrita me aproximou cada vez mais de cada conto e de cada personagem. Achei interessante que no conto que leva o nome do livro, exixte uma reflexão acerca da contradição do narrador não jogar os morangos fora, mesmo mofados.
ResponderExcluirMauricio_3DSB
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA obra literária morangos mofados trata-se de uma coletânea de contos com diversos temas como : dia a dia,vícios,sexualidade entre outras coisas refletindo um caráter de descontatamento e repressão causada pela ditadura militar que estava correndo em nosso país.Sendo divido em 3 partes "O mofo" no qual sugere a opressão por causa da ditadura,"Os morangos" onde os personagens estão buscando por um prazer e "Morangos Mofados" no qual traz esses personagens que estão em conflito mas dão algum jeito de escapar deles.
ResponderExcluirEnquanto lia o livro percebi uma repetição comum entre os contos, o cotidiano e talvez o monótono. Cada conto dizia algo, porém todos eles conseguiam seguir a ideia de me enxergar ali, coisas simples mas que conseguem construir um ambiente, sendo meu preferido "O dia que júpiter encontrou saturno", onde a pessoa está num momento difícil e vai paea algum tipo de bar até que uma moça chega e eles começam a conversar, algo simples até que os dois decidem ir embora
ResponderExcluirO livro é uma reunião de contos que exploram amores, medos, perdas e a busca por liberdade em tempos de repressão. A escrita é intensa, poética e cheia de sensibilidade. Cada história revela fragilidades humanas, deixando uma sensação agridoce e reflexiva.
ExcluirEste livro reúne contos que retratam personagens em crise, buscando amor, liberdade e identidade em meio a uma sociedade marcada pela repressão política e pelos preconceitos dos anos 1970 e 1980. Cada história é escrita com uma linguagem intensa, poética e sensível, revelando a fragilidade e a coragem de quem tenta viver plenamente apesar do medo, da solidão e das perdas. Caio cria atmosferas densas, cheias de sentimentos contraditórios, que mostram tanto a beleza quanto a dor da experiência humana. A leitura provoca identificação, questionamentos sobre afeto, sexualidade, amizade e a necessidade de resistir. É um livro que deixa marcas e convida à reflexão mesmo depois da última página.
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