Marcado pela lucidez, pela ironia, pela concisão verbal e pela aversão ao sentimentalismo, este volume — publicado originalmente em 1992 — percorre os principais temas que compõem a obra de José Paulo Paes, um dos principais nomes da literatura brasileira do século XX.
Entre outros motes, os poemas abordam o amor, a força da memória, a proximidade da morte e a crítica política — com alguma descrença, mas também com intenso lirismo e uma boa dose de experimentação formal. Nas palavras do escritor Marcelo Coelho, "o autor faz uma poesia que, sem ser confessional, é íntima, cheia de lembranças e experiências biográficas. Fala de seus pais, de amigos mortos, da perna que teve de amputar, mas não cede nunca às tentações da autopiedade e do desespero"
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(NOVEMBRO) Obras extras – Ampliando seu conhecimento
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Pessoal, segue um link de vídeo aula interessante sobre a obra, no video o professor explica um pouco sobre período literário, influências do autor, temas principais e estrutura do livro: https://www.youtube.com/watch?v=3iX2kdVHvUI
ResponderExcluirMais um vídeo análise, vale conferir: https://www.youtube.com/watch?v=08ZaCwhaK8s&list=PLTaAqXfT74PCAKEGWiBcqVYgy88LbZSxr&index=7
ResponderExcluirProsas seguidas e odes mínimas celebra a beleza das pequenas coisas. O autor transforma momentos comuns - como esperar na fila ou observar um inseto - em poesia que provoca reflexão. Suas prosas têm o tom de conversa, mas revelam detalhes que normalmente passam despercebidos. As odes elogiam objetos e gestos simples mostrando humor e carinho pelo cotidiano. A escrita é clara e acessível, aproximando o leitor da poesia sem complicações.
ResponderExcluirSamuel_3DSB
Complementando: as odes, em grande maioria, possuem a temática de crítica e reflexão social. Além disso, é notável a presença marcante de metalinguística para explicar, ilustrar e conscientizar os leitores sobre o universo da poesia. Um excelente título para quem prefere a poesia moderna, sem rigor formal.
ResponderExcluirMiguel_3DSB
ExcluirProsa poética sobre o livro...
ResponderExcluir"A Arte e o Poeta" -
Ao falar sobre a vida, o íntimo entra em ebulição, borbulhando palavras, sentimentos e expressões. A alma clama pela existência, e a grande angústia de estar vivo se apresenta como um controverso presente oferecido em nosso nascimento. Ouve-se um grito surdo, e palavras inexprimíveis ressoam no coração. Surge o desejo insondável de proferir tudo o que a alma discursa, mas se impõe a incapacidade de fazê-lo pela linguagem. A fala não é sobre a totalidade, mas sobre a falta. Então, como pode o poeta falar sobre a vida? Sendo um romântico, um trágico de nascença. Os românticos são egoístas inesgotáveis, enfebrecidos. Não é este o poeta? A vida não se apresenta na fala, mas, por egoísmo e rebeldia, os homens sujeitam-se a torná-la objeto de seu amor e necessidade. A luta da arte não está na realização da perfeição estética, mas na continuidade do legado poético: tornar exprimível o clamor da alma pela vida.
Miguel_3DSB
O seu texto captura muito bem a intensidade da prosa poética de A Arte e o Poeta. Você destaca a luta do poeta para expressar a vida e os sentimentos mais profundos, mostrando como a arte nasce da incapacidade de traduzir totalmente a alma. A reflexão sobre o egoísmo romântico e a continuidade do legado poético está muito bem colocada e evidencia uma boa compreensão do livro.
ExcluirSAMUEL_3DSB
Entender sua escrita é perceber que ela nasce quase inteira de experiências próprias. Ele transforma em narrativa aquilo que viveu, mas prefere ironizar as dores, como se desse um passo para trás e risse delas, tornando o que era pesado um pouco mais leve.
ResponderExcluirO que mais gosto é esse gesto simples de dedicar atenção ao banal. Uma bengala esquecida num canto, um passeio pelo ShoppingCenter, tudo vira parte da obra. Não há hierarquia entre a tragédia e o detalhe cotidiano: ambos merecem espaço, ambos ganham voz.
Stephanie Ramos de Macedo, 3EAA
Essa leveza com que ele trata as próprias dores é o que deixa tudo mais humano e próximo da gente. E esse olhar atento para o cotidiano é simplesmente genial — mostra que até o simples tem profundidade. É como se cada detalhe escondesse uma história inteira.
ExcluirSeu texto captura muito bem essa característica de transformar a própria vivência em matéria literária, sem perder a leveza. É interessante como você destaca essa ironia suave, quase como um filtro que torna suportáveis situações que originalmente seriam dolorosas. Também achei muito pertinente a observação sobre a atenção ao banal: quando você menciona a bengala ou o passeio no shopping, fica clara a ideia de que a força da escrita não está apenas nos grandes acontecimentos, mas justamente na capacidade de enxergar poesia e significado no cotidiano. Isso mostra uma leitura sensível e muito afinada com o estilo do autor.
ExcluirYasminV_3EAA
O livro "Prosas seguidas de Odes mínimas" tem uma organização interessante, já que é dividido em duas partes: uma de prosas e a outra de odes, fazendo uma alternância entre textos em prosa poética e pequenos poemas, todos marcados por ironia, humor e uma reflexão filosófica sobre a vida. As prosas são breves e bastante subjetivas, enquanto as odes se dedicam a falar sobre os objetos, partes do corpo e elementos do cotidiano. Mas, ao final de tudo, ele nos mostra por meio de situações banais que devemos enxergar beleza até nas coisas mais simples.
ResponderExcluirGabriel_3DSB
Prosas seguidas de Odes mínimas
O livro aborda temas que compõem toda a produção do poeta, trazendo poesias íntimas que falam a respeito de seus pais, de amigos, da sua perna que teve que amputar, entre outros.
ResponderExcluirPra mim a escrita que eu mais gostei, dentre todas que o autor escreveu, e que mais define a realidade universal em que estamos inseridos, é a "à televisão" , onde o poeta discorre e critica à respeito do fato de sermos basicamente escravos das tecnologias, já que ela nos dá de tudo. O que consequentemente nos levou a deixar de lado o mundo real.
Ingrid 3EAA
Prosas seguidas de odes mínimas
Essa que você citou, “À televisão”, é realmente muito atual — parece que ele já previa o quanto a tecnologia tomaria conta da nossa vida. É interessante como ele faz essa crítica de um jeito simples, mas super verdadeiro. E o fato de ele misturar temas tão pessoais com reflexões universais deixa tudo ainda mais intenso. É aquele tipo de poesia que faz a gente parar pra pensar, né?
ExcluirSim, realmente, por isso me cativou tanto, a identificação com a nossa realidade e a forma como a poesia foi escrita, criticando, faz a gente refletir sobre o mundo o qual estamos inseridos e a grande dependência das tecnologias, em que todos estamos submetidos.
ExcluirO livro Prosas Seguidas de Odes Mínimas, de José Paulo Paes, reúne poemas curtos e reflexivos sobre o dia a dia, o tempo, a vida e o próprio ato de escrever. O autor usa uma linguagem simples, mas cheia de ironia e sabedoria. Minha impressão é que o livro faz o leitor pensar nas pequenas coisas com profundidade e leveza. A crítica é que, por ter textos muito curtos e simbólicos, pode parecer difícil de entender em alguns momentos, mas é uma leitura inteligente e criativa.
ResponderExcluirIsabell_3EAA
Prosas Seguidas de Odes Mínimas
Concordo com você Isabelli, na minha opinião embora não se tenha uma linguagem tão rebuscada, foi difícil compreender algumas poesias, então é necessário ler com um pouco mais de calma.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirProsa seguidas de odes mínimas foi um conjunto de poemas que me fez refletir muito em relação ao dia a dia, e em cada epifania que os textos proporcionavam eu entrava em uma reflexão cada vez mais profunda. O jeito como os poemas cotidianos transformam as nossas percepções em relação ao que se vê se acha comum e principalmente o que não é prestado atenção traz uma marca única e singular ao livro. Por fim me conectei muito com livro e gostei de entrar dentro de suas memórias perceber suas ironias e críticas e principalmente ver sentido no que consideramos normalmente trivial.
ResponderExcluirYasminV_3EAA
Prosas Seguidas de Odes Mínimas
Prosas seguidas de " Odes mínimas" é um livro que, com linguagem lúcida e estética racional, utiliza a brevidade para realizar uma crítica mordaz e, ao mesmo tempo, lírica da vida moderna e da condição humana. Tendo sido publicado na época de 45 do modernismo, aborda temas do cotidiano, da memória, do nascimento e da morte, revelando total maturidade nesses aspectos, sobrando um espaço para homenagear Carlos Drumond de Andrade. Achei bem interessante a experiência, vale a pena ler.
ResponderExcluirMayara_3EAA
Um livro que traz prosas e poemas curtos de José Paulo paes. A obra observa o cotidiano com um tom de ironia, mas com um toque de inteligência. A primeira parte traz textos em tom de crônicas e se aproveita da linguagem, comportamento e cultura de forma leve, porém crítica. A segunda parte, sendo ódios mínimos, onde as situações e objetos tornam motivo de humor e breves reflexões.
ResponderExcluirMatheus Mendes 3DsB